sábado, 8 de maio de 2010

MÃES: QUANTO EXAGERO!!!

 Uma homenagem à minha e à todas as mães

Quando criança adorava altura. Morava numa casa alta onde havia um quintal que dava para a rua e um terraço. Havia também um balanço, desses que se tem nas escolas. Gostava de me pendurar na grade, lá no alto, para “olhar as modas”, como se dizia naquela época. Gostava também de me pendurar no balanço para brincar de trapezista. Era tão bom me sentir lá no alto! Ah, como adorava ficar no muro do terraço, sem grade de proteção admirando aquela altura incrível! Não dava para entender o desespero de minha mãe e de minha avó, chegando de mansinho, tentando me tirar daquele lugar na qual eu não via o menor risco, tudo tão calculado nos meus sete anos! Que gente mais exagerada!


A adolescência chegou e para mim tudo parecia tranqüilo. Quanto exagero!! – pensei – ao ver minha mãe acordada em plena madrugada, com o coração aos saltos, esperando por mim e minhas irmãs, que acabávamos de voltar animadíssimas de um show.  Era uma filha legal, não dava trabalho aos meus pais, minhas irmãs também não. Seguíamos direitinho as recomendações (exageradas) dela: “Nunca aceite doces ou presentes de estranhos!”/ “Nunca largue um copo sozinho e volte a beber nele!”/ Nunca vá para um lugar ermo com alguém que não conhece/ Jamais bata no rosto de uma pessoa, mas, se alguém faltar o respeito com você se imponha e ser for precise dê-lhe um chute nas canelas.

Enfim, filhas tão boas... Para quê aquelas olheiras de preocupação?! Só porque havíamos decidido esticar um pouco e continuar dançando, aproveitando a festa! Que exagero nos dar uma bronca só por causa disso! Não dava mesmo para entender!

Depois fui crescendo, virei adulta – pelo menos assim pensei ao completar dezoito anos – e tirei minha tão desejada carteira de habilitação. Ganhei meu carrinho, mas não saía muito, pelo menos desacompanhada. Um belo dia, sozinha em casa, precisei ir ao dentista e não tive dúvidas: peguei meu corsa e segui em frente. Foi um Deus nos acuda! Mamãe soube pela empregada que eu havia saído e tome bronca pelo telefone: Como você sai de carro, sozinha, sem dizer aonde vai? Pegou a carteira outro dia!

Quanto exagero! Será que existe mãe mais exagerada que a minha?! - perguntei pros meus botões.

Chegou a época de entrar para faculdade. E depois de cinco anos a formatura. Quanta felicidade em pegar o meu diploma. E mamãe lá, ao lado de vovó, exagerada também na alegria de ver a filha formada. Novas lágrimas, emoção e exagero anos depois no meu casamento.

Exagero na preocupação, exagero na alegria, nas lágrimas de tristeza pelas minhas derrotas ou de alegrias pelas minhas vitórias.

Mas... será que minha mãe é mesmo mais exagerada que as outras?

O fato é que cresci, virei mulher e hoje penso em como será com meus filhos. E quando penso nisso me vejo ensinando à eles não aceitar doces de estranhos,  não atravessar a rua sem olhar dos dois lados,  não beber do copo de ninguém ... aqueles mesmos conselhos exagerados de mamãe. Fico imaginando o que vou sentir se com dezesseis, dezessete, dezoito anos que seja chegarem de madrugada em casa, sem dar noticias em tempos tão violentos e me dá um aperto enorme no coração só de imaginar. Imagino meus pimpolhos brincando de equilibristas, se pendurando em grades sem rede de proteção e suo frio só de imaginar. É... talvez eu não fosse uma filha tão legal e tão tranqüila assim, no fim das contas. Eu que achava que nunca dei trabalho, que minha mãe era tão EXAGERADA... só agora percebo quantas preocupações e cabelos brancos lhe causei. Só agora percebo que as mães são assim, todas EXAGERADAS... um EXAGERO DE AMOR que faz com que os filhos, por vezes, se irritem, mas que os faz ter certeza de que elas sempre estarão lá, de braços exageradamente abertos quando precisarem deles para se aninharem e se apoiarem. Que bom que – exageradas ou não – as mães existem!

FELIZ DIA DAS MÃES, MINHA MÃE!

FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODAS AS MÃES!!!

domingo, 2 de maio de 2010

O Clube das Asneiras é a maior diversão!

Eu, Andréa Cordoniz e Fabricio Janssen na Livraria da Travessa


Mês passado estive no lançamento do livro “O Clube das Asneiras”, de Andréa Cordoniz, psicóloga e escritora talentosa, autora também de “Exorcize sua alma gorda”.
Não resisti e comecei a ler o livro – e consequentemente a dar boas risadas - já na fila, enquanto aguardava o meu autógrafo.
Depois do meu suado autográfo – pois Andréa disputadíssima não parava quieta - continuei me divertindo com as pérolas tão cuidadosamente garimpadas por ela e subdivididas em tópicos tais como “Asneiras Políticas”, “Asneiras Artísticas”, “Asneiras Esportivas” dentre outras.
O livro é uma delícia, não dá para desgrudar até a última página. Além disso prova por A+B que ninguém – seja anônimo ou famoso - está livre de fazer e dizer “asneiras”, afinal errar é humano. Ainda bem! Já pensaram como o mundo seria chato se todos acertassem o tempo todo em tudo?
Com uma gargalhada garantida a cada página, “O Clube das asneiras” prova também que rir é o melhor remédio para qualquer estresse. Em meio a correria do dia a dia e a tantas atribuições e responsabilidades, não há nada melhor do que parar um pouco e nos permitirmos simplesmente um momento de pura diversão. Valeu, Andréa! Vale à pena conhecer esse clube!